
Já falei das bonecas russas, das agulhas de tricô e de algumas outras coisas que gosto bastante. Mas faltou falar dos esmaltes, certo?
Faço as unhas desde quando era criança. Acho que comecei com uns seis ou sete anos e não parei mais. E como toda criança que se preze, eu não tinha muita noção de cores. Passava azul-caneta-bic, amarelo-gema, roxo-pancada, verde-bandeira e achava tudo lindo. (Nem preciso dizer que meus pais ficavam horrorizados, sempre dizendo que eu deveria escolher alguma cor “de mocinha” e eu nem dava ouvidos).
Ainda me lembro que quando era criança eu tinha muita vontade de tirar as cutículas. Parecia que era coisa de gente grande, então eu também queria fazer. A manicure muito ajuizada, que cuidava dos cotocos da mocinha nos idos dos anos 90, dava uma cutucada aqui, tirava uma pelezinha ali e me enganava dizendo que tinha tirado minhas cutículas.

Fui crescendo e tentando fazer as minhas unhas do jeito que dava. Sempre ficava torto ou enchia de bolinhas ou eu esbarrava em algo e estragava todo o trabalho. Mas fazia. E me divertia. Quando dava preguiça, eu ia ao salão, mas a chatice me obrigou a aprender a fazer as unhas em casa. Eu sempre botava defeito em alguma coisa, então achei melhor aprender a fazer sozinha e parar de reclamar.
Quando criei vergonha na cara e resolvi fazer as unhas direito, os blogs de esmaltes foram de grande ajuda. Li inúmeros posts sobre cuidados com as cutículas, maneiras de lixar as unhas, jeitos de limpar os cantinhos, enfim, tudo para poder fazer em casa uma manicure bacana e bonita.
Até então, a única cor que eu usava era o Tomate, da Impala. Usei vários tons de vermelho até encontrar um que me agradasse de verdade. Quando passei o Tomate foi amor à primeira camada! O único problema é que, depois do primeiro vidrinho, eu não encontrava mais a cor em Curitiba. O jeito era aproveitar as viagens para São Paulo e daí o desespero me fazia trazer três vidrinhos de uma vez só. E o amor é tanto que eu ainda guardo vários deles, olha só a coleção:

E é lógico que, ao ler os blogs, também fiquei por dentro de todos os lançamentos de esmaltes. E foi aí que o vício começou. Fui desapegando aos poucos do Tomate – que eu achava que era a única cor que eu usaria forever and ever – e comecei a experimentar novas opções. O resultado da brincadeira é uma coleção com mais de cem vidrinhos das marcas mais conhecidas e também de umas bem estranhas, comprados em várias partes do país e arredores.

Outra coisa muito importante que aprendi nos blogs sobre as cutículas. Entendi que elas são importantes para a saúde das unhas e parei de tirá-las. Antes de tomar a decisão achei que seria um horror, que cresceriam demais, que arrebentariam e machucariam meus dedos. Já faz quase um ano que o alicate não chega nem perto das minhas cutículas e percebi que estava completamente enganada: elas quase não crescem e, se ressecam, é só passar um creminho que elas já ficam bonitinhas. Sem contar que as unhas ficaram fortes e agora crescem com mais rapidez e facilidade. Quem diria que eu era a mocinha que sonhava em tirar as cutículas pra virar gente grande...
Além das cores, comprei bases, coberturas, cremes, pomadas, palitos, lixas e um alicate de cutículas decente: tudo para fazer bonito na manicure. Estou bem longe de ser uma profissional, mas fico muito contente com o resultado das duas horinhas que dedico a cuidar das minhas mãos. A melhor parte é poder experimentar e criar coisas diferentes.
E você? Já tentou fazer suas unhas em casa? Também é apaixonada pelos vidrinhos coloridos?
Até a próxima,
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